sexta-feira, 29 de abril de 2011

SERÁ QUE NÃO PODEMOS?


Meu coração sempre chora, chora pelos meus problemas, chora mais ainda pela minha cidade, pelos meus conterrâneos. Pela minha cidade que ao invés de crescimento, de fortalecimento, de atualização, enfim de progresso, cai numa degradação, num esquecimento, numa cidade morta, sem laser, sem cultura, sem teatro, sem esporte, sem música, sem praça, sem respeito, sem cinema, sem praça de leituras, sem ginásio público, sem segurança, enfim, sem nada para a sua população, a não ser buracos, escuridão, fome, desrespeito, falta emprego e renda e centros de apoio e cursos profissionalizantes, donde até a companhia de policia que se tinha foi deixado ser retirada e transferida para Mirinzal; pelo meu povo, porque além de não serem oferecidas as condições mínimas de ter as coisas acima citadas, não têm o privilegio de ver hoje um filho de Cururupu despontando na música, no esporte, na arte ou até mesmo na educação, choro de alegria quando vejo jovens brasileiros vencendo no esporte, mais ainda quando é um nordestino que com apoio de sua cidade, de seu professor, consegue vencer a corrida contra a fome e a droga, entrando para o time dos vencedores e fazendo parte da elite dos melhores do Brasil, choro sim pela vitoria, mas também de tristeza por saber que poderia ser um cururupuense, mas, como que terá um cururupuense se nem sequer tem corridas ou atletismo na cidade para incentivar os jovens, a não serem os que correm da polícia, da fome, da miséria sem terem qualquer outra opção.
Amigos num tempo não tão muito distante no passado, quando tudo era tão difícil, quando não havia tanto dinheiro para empregar na saúde, que muitas das vezes o município contava com as visitas de vez ou outras de médicos cururupuenses como Dr. Cesário Coimbra, Dr. Dino, Dr. Albino (que era militar), que consultavam e operavam de graça, na educação, quando não tinha dinheiro específico para tal, mesmo na precariedade a educação era mais digna, havia na cidade esporte, (vôlei, futsal (antigo futebol de salão), futebol de campo, ping pong, na cultura tivemos uma escola e uma banda de música, nas datas comemorativas, eram encenadas peças teatrais por vários grupos, recebíamos até apresentação de peças teatrais que eram encenadas em São Luis, enfim, mesmo com as dificuldades tivemos um passado bem mais bonito do que hoje, as festas tanto religiosas como tradicionais, eram reconhecida no estado, recebendo pessoas de todas as partes do Brasil. Antes, os nossos gestores viviam fazendo o pouco que podiam com a dificuldade da época, e hoje, por que não os fazem com o muito que recebem, pois não são comprometidos com o povo e sim com seu bolso, com seu eu, com seus familiares e o povo que se LASQUE.
Podemos sim mudar isso, precisamos sim lutar por isso, nós temos o poder e a condição, não vamos nunca se esquecer disso, o poder é de fato nosso.
Assistindo a televisão, tive mais uma vez a oportunidade de contemplar uma reportagem de qual se falava de uma cidade da Venezuela onde existe uma escola de músicas para crianças e jovens carentes e que dão um show e aí um aluno disse ao repórter, aqui nos passamos um bom tempo de nossa vida durante o dia tirando-nos das drogas e da marginalidade, aqui aprendemos a ser gente, e isso, me fez escrever e a me perguntar, por que minha cidade não pode ter uma escola de musica ou as coisas que tivemos no passado? É possível... pense....espalhe....não seja omisso. valorize nossa cidade, nosso povo.
Por que eles não fazem pelo menos a metade do que devem, uma vez que subiram ao palanque, foram nas casas, nas reuniões e prometeram que fariam algo para melhorar a vida do povo, melhorariam a cidade, dariam condições para que cada um fosse capaz de conseguir seu sustento, que a cidade teria uma urbanização e saneamento mais digno, uma educação melhor, saúde digna, enfim fariam algo que fosse melhor do que antes ou do que nunca se teve, pois quando ainda não eram políticos ou gestores vindos da universidade e ou grupos comunitários ou sociais, brigavam por isso, por melhoria, por condições dignas e humanas ao seu povo e, por que quando conseguem chegar ao comando ou a um cargo de gestão publica a coisa muda, esquecem que prometeram, esquecem que já estiveram do lado de cá, que ficavam chateados com as promessas não cumpridas, obras não realizadas e ou não terminadas.
Assim meus amigos, peço que atentem para isso, pois cada um de nós, os que moram e mesmo os que não moram, é nossa historia, nosso passado e quem sabe o futuro...cada um de nós somos responsável pela mudança de nosso país, e assim de nossa cidade.